Luiz Fernando Priamo é mais conhecido como Mirabel. Jornalista por formação, hoje ele é quem comanda o Museu Ferroviário e anda observando a cidade de maneira diferente. Se liga na dica dele aí!
Embora possamos nos esquecer durante o dia a dia, andar, rodar, vagar pela cidade ainda é um dos programas culturais mais democráticos que existe. É gratuito, saudável e nos permite perceber a História diante dos olhos. Minha indicação é que agucemos a curiosidade sobre onde moramos e sobre as pessoas com as quais convivemos. Em Juiz de Fora isso é bastante simples. Temos tantos pequenos segredos (não só arquitetônicos) entre as nossas ruas que, a cada visita ao Centro, é possível enxergar uma nova cidade. Como guia, basta pegar livros de autores como Paulino de Oliveira (“Crônicas”, BDMG Cultural, 2001) ou Murilo Mendes (“A idade do serrote”, Ed. Record, 2003) e você vai se deparar com uma Juiz de Fora visível, mas ignorada. Digo mais: aqui é possível realizar arqueologia a olho nu. Tudo o que precisamos é um bom calçado e disposição, o resto é flanar e se fazer misturar à multidão.
