Guilherme Schröder é jornalista e está à frente do marketing do Grupo Privilège. Um cara cheio de criatividade e boas referências que trouxe pra gente um disco massa demais. Está aqui no site e tbm na revista. Se liga aí!
foto Gui: Divulgação
Mais Brasil impossível. O novo álbum do cantor Silva [não por acaso, intitulado Brasileiro] traz um ufanismo em doses nada homeopáticas, sentimento bastante ousado neste momento de descrença que devasta o país. Ousadia pelas letras de patriotismo, amor e otimismo; pela participação da Anitta [indiscutivelmente o nome da vez no pop nacional e presença frequente na crítica e repúdio dos haters]; pelos versos “fica tudo bem”, “minha terra é de paz, ninguém pode arrancar esse bem” e “Brasil… que é lugar bem bom pra se morar // Quem mora lá não quer viajar”. Um prato cheio para a crítica afoita por deslizes e julgamentos. Mas a musicalidade de Silva é quase um alívio poético. Uma redenção em meio ao caos político, econômico e social. Tem quase tudo que brasileiro ouve e gosta. Samba, pop, bossa nova, Anitta e elementos do eletrônico – presentes, também, em outras obras na trajetória do músico. E falar de positividade, cor rosa ou guerra de amor sem ser piegas é para poucos. Silva acertou em cheio neste álbum, perfeito para ouvir de janelas abertas, em dias de sol, ou de chuva, no carro, na janela do ônibus… E ninguém vai duvidar da vida.
